Já se passou mais um dia do pai. Este ano foi diferente.
Todos os anos sinto a tua falta, mas este tem sido o terror reconhecer que nunca mais te vou ver. É difícil crescer sem o apoio masculino de alguém, sem alguém protetor que nos aconselhe o caminho que devemos seguir, sem o amor de um pai...
E não sabendo porquê, ultimamente tem custado mais...
Sinto a tua falta!
Cada vez mais sinto que não conduzo a minha vida como queria. Tenho andando fixada em coisas que só me fazem mal e me desviam do caminho correto.
Concentro-me na dúvida do motivo porque acabou e do que poderíamos ter vivido, mas até já isso me cansa diariamente.
Estou farta de te dar demasiada atenção.
Estou farta de condicionar a minha vida por ti.
Farta de pensar em ti todos os meus longos dias.
Farta de te amar...
Lá estou eu a escrever no pico da emoção. No pico da tristeza. Enquanto as lágrimas me vão escorrendo pela face.
Sinto necessidade de vir desabafar para aqui, onde nada nem ninguém me pode julgar e/ou interromper. Onde no meu mundo poucos entram.
É duro, é, aliás, muito duro ser gozado/a por aquele/a que mais amamos. Aquele que eu mais amo.
É um rapaz que, de longe, mexe muito comigo.
Sinto que não entendo nada do que vai na cabeça dele. Sinto que sou um brinquedo que apenas usa quando necessita mas não sou. Dá-me esperanças e depois, quando já reparou que não sou tão fácil quanto pensa, afasta-me não pensando nas consequências. Mas eu deixo?! Deixo, tenho deixado e (ainda) hei de deixar. Porque, apesar de tudo, continua a ser uma das melhores pessoas da minha pequena vida. É e continua a ser a primeira pessoa que eu penso quando acordo e a última quando me deito. É e continua a ser o único rapaz que conseguiu fazer-me feliz. O único homem que esteve ao meu lado depois do meu pai.
Mas eu pergunto-me: quanto tempo irá isto durar? Quanto tempo vou permitir que ele me faça sofrer? Quantas oportunidades vou eu dar até que finalmente aprenda?
Eu nunca me prendi tanto a alguém, nunca dei tantas oportunidades a alguém para me mudar e a verdade é que ainda não o consigo esquecer.
Certas vezes gostava de perceber o que vai na tua cabeça. Preciso de saber o que vai na tua cabeça. De saber o que sou ou deixo de ser para ti. O que significa o tempo e a intensidade com a nossa relação durou os 3 meses.
Para mim foram dos melhores momentos da minha vida. Eras, e continuas a ser, um pedaço do meu pequeno coração. Uma falha que tem de ser lapidada e moldada de quando a quando.
(Ainda) Sinto a tua falta.
Mais um ano que passou. 365 dias de pura emoção, sentimento, movimento e vida...
Não foi um ano qualquer, foi um ano como nunca eu tive na minha vida. Tanta coisa aconteceu...
Um misto de coisas boas e coisas más atravessaram cada dia deste ano. Vivi o oito e o oitenta em tão pouco tempo. Estive contente e vazia por dentro. Vivi muito.
Descobri sentimentos que antes desconhecia. Senti-me, pela primeira vez, uma mulher amada. Realizei-me em vários aspectos como mulher, tanto psicologica como fisicamente. Estou cada vez mais perto da idade adulta.
Ninguém diria que há um ano atrás eu iria passar por tudo o que passei, e este ano, mais do que qualquer outro, vai ficar gravado na memória!
Um óptimo 2014.